quarta-feira, 28 de março de 2012

Pêndulo Simples


Funções Orgânicas Álcool e Éter


Compostos Orgânicos e Hidrocarbonetos


Nomenclatura de Compostos Orgânicos


Números Complexos


FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS PARTE 1-2


Funções Trigonométricas Inversas


Como fazer uma Resenha

Como fazer uma Resenha











O objetivo da resenha é guiar o leitor pelo emaranhado da produção cultural que cresce a cada dia e que tende a confundir até os mais familiarizados com todo esse conteúdo. Como uma síntese, a resenha deve ir direto ao ponto, mesclando momentos de pura descrição com momentos de crítica direta.
O resenhista que conseguir equilibrar perfeitamente esses dois pontos terá escrito a resenha ideal. No entanto, sendo um gênero necessariamente breve, é perigoso recorrermos ao erro de sermos superficiais demais.
Nosso texto precisa mostrar ao leitor as principais características do fato cultural, sejam elas boas ou ruins, mas sem esquecer de argumentar em determinados pontos e nunca usar expressões como “Eu gostei” ou “Eu não gostei”. Tipos de Resenha Até agora eu falei sobre as resenhas de uma forma geral e livre e esses dados são suficientes para você já esboçar alguns parágrafos.
 Contudo, as resenhas apresentam algumas divisões que vale destacar. A mais conhecida delas é a resenha acadêmica, que apresenta moldes bastante rígidos, responsáveis pela padronização dos textos científicos. Ela, por sua vez, também se subdivide em resenha crítica, resenha descritiva e resenha temática. Na resenha acadêmica crítica, os oito passos a seguir formam um guia ideal para uma produção completa:
 Identifique a obra: coloque os dados bibliográficos essenciais do livro ou artigo que você vai resenhar; Apresente a obra: situe o leitor descrevendo em poucas linhas todo o conteúdo do texto a ser resenhado; Descreva a estrutura: fale sobre a divisão em capítulos, em seções, sobre o foco narrativo ou até, de forma sutil, o número de páginas do texto completo; Descreva o conteúdo: Aqui sim, utilize de 3 a 5 parágrafos para resumir claramente o texto resenhado; Analise de forma crítica: Nessa parte, e apenas nessa parte, você vai dar sua opinião. Argumente baseando-se em teorias de outros autores, fazendo comparações ou até mesmo utilizando-se de explicações que foram dadas em aula. É difícil encontrarmos resenhas que utilizam mais de 3 parágrafos para isso, porém não há um limite estabelecido.
Dê asas ao seu senso crítico. Recomende a obra: Você já leu, já resumiu e já deu sua opinião, agora é hora de analisar para quem o texto realmente é útil (se for útil para alguém). Utilize elementos sociais ou pedagógicos, baseie-se na idade, na escolaridade, na renda etc. Identifique o autor: Cuidado! Aqui você fala quem é o autor da obra que foi resenhada e não do autor da resenha (no caso, você). Fale brevemente da vida e de algumas outras obras do escritor ou pesquisador. Assine e identifique-se: Agora sim. No último parágrafo você escreve seu nome e fala algo como “Acadêmico do Curso de Letras da Universidade de Caxias do Sul (UCS)”
 Na resenha acadêmica descritiva, os passos são exatamente os mesmos, excluindo-se o passo de número 5. Como o próprio nome já diz, a resenha descritiva apenas descreve, não expõe a opinião o resenhista. Finalmente, na resenha temática, você fala de vários textos que tenham um assunto (tema) em comum. Os passos são um pouco mais simples:
Apresente o tema: Diga ao leitor qual é o assunto principal dos textos que serão tratados e o motivo por você ter escolhido esse assunto; Resuma os textos: Utilize um parágrafo para cada texto, diga logo no início quem é o autor e explique o que ele diz sobre aquele assunto; Conclua: Você acabou de explicar cada um dos textos, agora é sua vez de opinar e tentar chegar a uma conclusão sobre o tema tratado; Mostre as fontes: Coloque as referências Bibliográficas de cada um dos textos que você usou; Assine e identifique-se: Coloque seu nome e uma breve descrição do tipo “Acadêmico do Curso de Letras da Universidade de Caxias do Sul (UCS)”.
Conclusão Fazer uma resenha parece muito fácil à primeira vista, mas devemos tomar muito cuidado, pois dependendo do lugar, resenhistas podem fazer um livro mofar nas prateleiras ou transformar um filme em um verdadeiro fracasso. As resenhas são ainda, além de um ótimo guia para os apreciadores da arte em geral, uma ferramenta essencial para acadêmicos que precisam selecionar quantidades enormes de conteúdo em um tempo relativamente pequeno. Agora é questão de colocar a mão na massa e começar a produzir suas próprias resenhas!”

quarta-feira, 21 de março de 2012

DIA INTERNACIONAL DA ELIMINAÇÃO DA DESCRIMINAÇÃO RACIAL 21 DE MARÇO

DIA INTERNACIONAL DA ELIMINAÇÃO DA DESCRIMINAÇÃO RACIAL 21 DE MARÇO

 A Organização das Nações Unidas - ONU - instituiu o dia 21 de março como o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial em memória do Massacre de Shaperville. Em 21 de março de 1960, 20.000 negros protestavam contra a lei do passe, que os obrigava a portar cartões de identificação, especificando os locais por onde eles podiam circular. Isso aconteceu na cidade de Joanesburgo, na África do Sul. Mesmo sendo uma manifestação pacífica, o exército atirou sobre a multidão e o saldo da violência foram 69 mortos e 186 feridos. O dia 21 de março marca ainda outras conquistas da população negra no mundo: a independência da Etiópia, em 1975, e da Namíbia, em 1990, ambos países africanos.

O QUE É DISCRIMINAÇÃO RACIAL?
A Convenção Internacional para a Eliminação de todas as Normas de Discriminação Racial da ONU, ratificada pelo Brasil, diz que: "Discriminação Racial significa qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada na raça, cor, ascendência, origem étnica ou nacional com a finalidade ou o efeito de impedir ou dificultar o reconhecimento e/ou exercício, em bases de igualdade, aos direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou qualquer outra área da vida pública"
 Art. 1. EXEMPLOS DE LUTA QUE FICARAM NA HISTÓRIA Trazemos para você um pouco da história de três "feras" que dedicaram suas vidas à luta pelos direitos civis e pelo fim da discriminação racial.

MARTIN LUTHER KING JR.

 Martin Luther King Jr. Foi um grande líder negro americano que lutou pelos direitos civis dos cidadãos, principalmente contra a discriminação racial. Martin Luther King era pastor e sonhava com um mundo onde houvesse liberdade e justiça para todos. Ele foi assassinado em 4 de abril de 1968. Sua figura ficou marcada na História da Humanidade como símbolo da luta contra o racismo. Na véspera de sua morte, 3 de abril de 1968, Martin Luther King fez um discurso à comunidade negra, no Tennessee, Estados Unidos, um país dominado pelo racismo. Em seu discurso ele disse: "Temos de enfrentar dificuldades, mas isso não me importa, pois eu estive no alto da montanha. Isso não importa. Eu gostaria de viver bastante, como todo o mundo, mas não estou preocupado com isso agora. Só quero cumprir a vontade de Deus, e ele me deixou subir a montanha. Eu olhei de cima e vi a terra prometida. Talvez eu não chegue lá, mas quero que saibam hoje que nós, como povo, teremos uma terra prometida. Por isso estou feliz esta noite. Nada me preocupa, não temo ninguém. Vi com meus olhos a glória da chegada do Senhor". Ele parecia estar prevendo o que ia acontecer. No dia seguinte, foi assassinado por um homem branco. Durante 14 anos, Martin Luther King lutou para acabar com a discriminação racial em seu país e nesse tempo ganhou o prêmio Nobel da Paz. Sempre procurou lembrar a todos e fazer valer o princípio fundamental da Declaração da Independência Americana que diz que "Todos os homens são iguais" e conseguiu convencer a maioria dos negros que era possível haver igualdade social. Alguns dias após a morte de Martin Luther King, o presidente Lyndon Johnson assinou uma lei acabando com a discriminação social, dando esperanças ao surgimento de uma sociedade mais justa de milhões de negros americanos. Martin Luther King é lembrado em diversas comemorações públicas nos Estados Unidos e a terceira segunda-feira de janeiro é um feriado nacional em sua homenagem.

 MALCOLM X

 Malcolm X "Não lutamos por integração ou por separação. Lutamos para sermos reconhecidos como seres humanos. Lutamos por direitos humanos." Malcolm X, ou El-Hajj Malik El-Shabazz, foi outra personalidade que se sobressaiu na luta contra a discriminação racial. Ele não era tão pacífico como Luther King, que era adepto da não-violência, entretanto foram contemporâneos e seus ideais eram bem parecidos buscando a dignidade humana, acima de tudo. Há quem diga que Malcolm X foi muito mais que um homem, foi na realidade uma idéia. Desde cedo ele enfrentou a discriminação e marginalização dos negros americanos, que viviam em bairros periféricos, excluídos e sem condições dignas de habitação, saúde e educação. Foi nesse cenário que Malcolm X se tornou um dos grandes líderes do nosso tempo, dedicando-se à construção e organização do Movimento Islâmico nos Estados Unidos (Black Muslim), defendendo os negros e a religião do islamismo. Em março de 1964, afastou-se do movimento e organizou a Muslim Mosque Inc, e mais tarde a Afro-Americana Unity, organização não religiosa. Malcolm X foi um dos principais críticos do sistema americano. E por isso mesmo era visto pela classe dominante como uma ameaça a esse sistema. No dia 21 de fevereiro de 1965, na cidade de Nova Iorque, foi assassinado por três homens, que dispararam 16 tiros contra ele. Muitas de suas frases ficaram famosas. Veja alguns de seus pensamentos: Sobre seu nome: "Neste país o negro é tratado como animal e os animais não têm sobrenome". Sobre os americanos: "Não é o fato de sentar à sua mesa e assistir você jantar que fará de mim uma pessoa que também esteja jantando. Nascer aqui na América não faz de você um americano". Sobre a liberdade: "Você só vai conseguir a sua liberdade se deixar o seu inimigo saber que você não está fazendo nada para conquistá-la. Esta é a única maneira de conseguir a liberdade".

 NELSON MANDELA

 Nelson Mandela "A luta é minha vida". A frase de Nelson Mandela, nascido em 1918, na África do Sul, resume sua existência. Desde jovem, influenciado pelos exemplos de seu pai e outras pessoas marcantes na sua infância e juventude, Mandela dedicou sua vida à luta contra a discriminação racial e as injustiças contra a população negra. Mandela foi o fundador da Liga Jovem do Congresso Nacional Africano, em 1944, e traçou uma estratégia que foi adotada anos mais tarde pelo Congresso na luta contra o apartheid. A partir daí ele foi o líder do movimento de resistência a opressão da minoria branca sobre a maioria negra na África do Sul. Hoje, ele ainda é símbolo de resistência pelo vigor com que enfrentou os governos racistas em seu país e o apartheid, sem perder a força e a crença nos seus ideais, inclusive nos 28 anos em que esteve preso (1962-1990), acusado de sabotagem e luta armada contra o governo. Nem mesmo as propostas de redução da pena e de liberdade que recebeu de presidentes sul-africanos ele aceitou, pois o governo queria um acordo onde o movimento negro teria que ceder. Ele preferiu resistir e em 1990 foi solto. Sua liberdade foi um dos primeiros passos para uma sociedade mais democrática na África do Sul, culminando com a eleição de Nelson Mandela como presidente do país em 1994. Um fato histórico onde os negros puderam votar pela primeira vez em seu país.

ONTEM E HOJE, O NEGRO NO BRASIL

O Brasil foi a última nação da América a abolir a escravidão. Entre 1550 e 1850, data oficial do fim do tráfico de negros, cerca de 3.600.000 africanos chegaram ao Brasil. A força de trabalho desses homens produziu a riqueza do País durante 300 anos. Apesar de a maior parte dos escravos não saber ler nem escrever, isso não significava que não tivessem cultura. Eles trouxeram para o Brasil seus hábitos, suas crenças, suas formas de expressão religiosa e artística, além de terem conhecimentos próprios sobre técnicas de plantio e de produção. Entretanto, a violência e a rigidez do regime de escravidão não permitiam que os negros tivessem acesso à educação.
Oprimido e explorado, o negro encontrava nas suas raízes africanas a força para resistir à dominação dos senhores nas suas fazendas. E muitos aspectos de sua cultura permaneceram vivos, como, por exemplo, a religião. O candomblé, ritual religioso com danças, oferendas e cultos para Orixás, atravessou a história e aparece como uma prova de preservação das raízes do povo africano no Brasil. Foi somente em 13 de maio de 1888 que a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, libertando todos os escravos. Mas para muitos essa liberdade não poderia mais ser aproveitada como deveria. Após anos de dominação, os negros foram lançados numa sociedade preconceituosa, de forma desarticulada, sem dinheiro, sem casa, sem comida, sem nenhuma condição de se estabelecer.
Hoje, no Brasil, ainda é possível ver os reflexos dessa história de desigualdade e exploração. Alguns indicadores referentes a população, família, educação, trabalho e rendimento e que são importantes para retratar de forma resumida a situação social de brancos, pretos e pardos, revelam desigualdades em todas as dimensões e áreas geográficas do País.
Apontam, também, para uma situação marcada pela pobreza, sobretudo para a população de pretos e pardos. Segundo dados da publicação Síntese de Indicadores Sociais - 2000 - que reúne dados de pesquisas do IBGE, em 1999, a população brasileira era composta por 54% de pessoas que se declararam brancas, 5,4% de pretas, 39,9% de pardas e 0,6% de amarelas e indígenas. Em termos regionais, a população branca está mais concentrada no Sul (83,6%), a preta no Sudeste (6,7%), a parda no Norte (68,3%) e a população amarela e indígena também no Norte (1%). As diferenças referentes à educação diminuíram nas duas últimas décadas, mas ainda são significativas. Em 1999, a taxa de analfabetismo das pessoas com 15 anos de idade ou mais era de 8,3% para brancos e de 21% para pretos e a média de anos de estudo das pessoas com 10 anos de idade ou mais é de quase 6 anos para os brancos e cerca de 3 anos e meio para pretos.
Apesar dos avanços nas últimas décadas na área da educação, com declínio do analfabetismo e aumento da escolarização e da escolaridade média, há muito que se fazer para alcançar níveis de qualidade, eficiência e rendimento do ensino compatíveis com as necessidades atuais e futuras de empregabilidade e de exercício da cidadania para a população jovem. As diferenças são expressivas também no trabalho, onde 6% de brancos com 10 anos de idade ou mais aparecem nas estatísticas da categoria de trabalhador doméstico, enquanto os pardos chegam a 8,4% e os pretos a 14,6%. Por outro lado, na categoria empregadores encontram-se 5,7% dos brancos, 2,1% dos pardos e apenas 1,1% dos pretos. A distribuição das famílias por classes de rendimento médio mensal familiar per capita indica que, em 1999, 20% das famílias cujo chefe é de cor ou raça branca tinham rendimento de até 1 salário mínimo contra 28,6% das famílias pretas e 27,7% das pardas.
 Ainda em 1999, a população branca que trabalhava tinha rendimento médio de cinco salários mínimos. Pretos e pardos alcançavam menos que a metade disso: dois salários. Essas informações confirmam a existência e a manutenção de uma significativa desigualdade de renda entre brancos, pretos e pardos na sociedade brasileira.

VALORIZAÇÃO DO NEGRO NO BRASIL

 Vale a pena você conhecer a atuação do Grupo de Trabalho para a Valorização da População Negra, ligado à Secretaria Nacional dos Direitos Humanos do Ministério da Justiça. Este grupo é resultado de um longo período de amadurecimento de setores dos movimentos sociais negros que consideram importante e urgente lutar pela construção de uma verdadeira cidadania do negro brasileiro. Composto por representantes de ministérios e secretarias e representantes da sociedade civil, o grupo é organizado em áreas temáticas como: informação, trabalho e emprego; comunicação; educação; relações internacionais; terra; políticas de ação afirmativa; mulher negra; racismo e violência; saúde; religião; cultura negra; esportes; legislação; estudos e pesquisas e assuntos estratégicos.

 DISCRIMINAÇÃO RACIAL NO TRABALHO E NA PROFISSÃO

Atento às estatísticas que sempre apresentam uma realidade desfavorável para negros na colocação no mercado de trabalho, o governo federal vem desenvolvendo um trabalho de conscientização da população para o problema da discriminação racial no emprego e na profissão. Uma das ações foi a criação do Programa de Combate à Discriminação no Trabalho e na Profissão, desenvolvido pelo Ministério do Trabalho em 1995. No ano seguinte, contou com a parceria da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, do Ministério da Justiça. Combate à Discriminação no Trabalho e na Profissão Contando com o apoio de empresas privadas, o programa procura divulgar os conceitos e princípios da Convenção nº 111, da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que trata da discriminação no emprego, buscando promover a igualdade de oportunidades de trabalho a todas as raças. Além de atuar nos estados brasileiros, instalando núcleos regionais de combate à desigualdades de oportunidades no trabalho. Já foram instalados núcleos em Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.

OUTRAS DESIGUALDADES DA NOSSA SOCIEDADE

 As sociedades sempre utilizaram as diferenças de raça e de cor (e também de sexo, de idade, de classe social e de religião) para se criar distâncias e desigualdades entre as pessoas. Dentre os vários grupos discriminados no Brasil, podemos citar as populações indígenas. Segundo dados da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), existem hoje, no país, cerca de 345 mil índios, distribuídos em 562 terras indígenas. Estão divididos em 215 sociedades, sendo 70% destas concentradas nos estados do Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia, Mato Grosso e Pará.
A FUNAI ainda considera a existência de 53 grupos não contatados e ainda outros grupos não reconhecidos como indígenas, mas lutando por este reconhecimento. Como só são considerados aqueles indígenas que vivem em aldeias, cabe registrar que há ainda entre 100 e 190 mil deles vivendo fora delas. Um longo processo de extermínio reduziu os índios a esse número. Pode-se citar o exemplo das línguas indígenas, que eram 1.300, há 500 anos, e hoje não são muito mais de 180. Mas os índios e quem os representa permanecem lutando pelos seus direitos às terras.
Um exemplo desta luta são as ações da Agenda 21 que é o documento mais completo assinado pelos países presentes à Conferência Mundial das Nações Unidas sobre Meio Ambiente - a Rio 92. O documento sugere posturas que as sociedades deveriam assumir para que o planeta conseguisse equilibrar desenvolvimento com sustentabilidade no século 21.
 Além disso, o documento evidencia a forte ligação entre o respeito e a proteção aos costumes dos povos nativos e a sobrevivência no planeta. Esse respeito foi abordado como fundamental, e as sugestões a seguir, feitas naquele documento, são completamente pertinentes para mostrar a importante contribuição que os povos nativos deram e ainda têm a dar para toda a humanidade:
Reforçando o papel dos Povos Indígenas Os povos indígenas, que representam parte significativa da população mundial, dependem dos ecossistemas e recursos renováveis para manter seu bem-estar. Por muitas gerações, eles expandiram tradições, conhecimentos técnicos, científicos e holísticos sobre suas terras, recursos naturais e meio ambiente.
A habilidade indígena de usar práticas sustentáveis em seus territórios tem sido limitada por fatores econômicos, históricos e sociais. Governos precisam reconhecer que os territórios indígenas necessitam ser protegidos de atividades ambientalmente doentias e de atividades que sejam consideradas cultural e socialmente inapropriadas. É necessário que se considerem as preocupações com os assentamentos de terras e o uso de seus recursos.
 Alguns grupos indígenas poderão requerer grande controle sobre suas terras e gerenciamento próprio de seus recursos. Eles deverão também participar nas decisões desenvolvimentistas que os afetem e na criação de áreas protegidas, assim como de parques naturais. Governos devem incorporar direitos e responsabilidades dos povos indígenas às legislações nacionais. Países devem também adotar leis e políticas de preservação das práticas indígenas costumeiras, proteger a propriedade indígena, incluindo suas idéias e conhecimento.
 Os povos indígenas devem ter a permissão de participar ativamente da construção de leis e de políticas de manejo dos recursos e desenvolvimento que os afete. Governos e organizações internacionais devem reconhecer os valores do conhecimento tradicional e das práticas de manejo de recursos que os povos indígenas usam para o meio ambiente e aplicá-los onde o desenvolvimento esteja em curso. Devem também prover os povos indígenas com tecnologias adequadas para o aumento da eficiência do manejo dos recursos.
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Conheça alguns dos critérios do Enem

Conheça alguns dos critérios do Enem Postado por Luis Javier Caballero Pierlet em 14/12/2011 às 08:52

 1 Comment O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) está se consolidando como porta de acesso às universidades de todo o País. 


 Um dos principais itens a serem melhorados é a divulgação e a transparência das informações relacionadas à prova. Alguns questionamentos não têm uma resposta clara para todos, inclusive entre professores e alunos. Qual é a real forma utilizada para o cálculo da média do Enem?Qual o atual critério de correção do exame? 
 A resposta para o primeiro questionamento é um tanto complexa, pois as instituições adotam diferentes maneiras de utilização da média obtida nas provas.

 Enem como critério para a totalidade das vagas 

 Um dos critérios utilizados é preencher 100% das vagas ofertadas por meio do Sisu (Sistema de Seleção Unificada), que seleciona candidatos a partir da nota do Enem. Em outros casos, o Inep envia as notas às universidades e elas divulgam seus próprios resultados.

 Enem como critério para determinadas vagas

 Algumas universidades utilizam a média obtida no Enem apenas para uma parte das vagas totais.

 Enem para preencher vagas remanescentes

 Em caso de instituições que adotam o sistema tradicional de vestibular e permanecem com vagas remanescentes, essas vagas poderão ser preenchidas por candidatos que prestaram o Enem.
 Enem no lugar da 1.a fase Algumas universidades, como a UFMG, adotam a nota do Enem em substituição da primeira fase do vestibular. Na sequência, são realizadas as provas da segunda fase. Os candidatos aprovados são aqueles que obtiveram as melhores médias nas duas etapas. Cada instituição calcula suas médias de maneira diferente.

 Enem como parte da nota final 

 Podemos citar como exemplo desse sistema a UFPR, que organiza seu vestibular em duas etapas e utiliza a nota do Enem como 10% da nota final dos candidatos. Essa porcentagem pode ser maior em outras universidades.

 TRI - Teoria de Resposta ao Item 

 Com relação ao atual critério de elaboração e correção do exame, ele está baseado no TRI (Teoria de Resposta ao Item), utilizado em testes de múltipla escolha. Trata-se de um sistema no qual são criadas milhares de questões, de todas as disciplinas, que são pré-testadas em provas aplicadas em estudantes de todo o País. Depois dos pré-testes, as questões podem ser eliminadas, reformuladas ou incorporadas a um banco de itens e ganham um peso que varia de acordo com o desempenho dos alunos, isto é, cada questão ou item recebe um nível de dificuldade diferente e, consequentemente, um valor diferente.

 Caso você faça uma prova de Biologia elaborada a partir da TRI, por exemplo, serão 50 questões de múltipla escolha (A,B,C,D e E). Você deverá comparar as soluções com as de um colega. Digamos que, das 40 questões, você tenha acertado 20, e seu colega, também 20. Em alguns dias, você receberá sua nota. Seu resultado é de 40 pontos, e o de seu colega, 50 pontos. Como isso pode ser explicado? Para cada questão da prova, é atribuído um grau de dificuldade diferente. Cada item/questão é construído a partir de um modelo representado por três parâmetros: a discriminação (que ajuda a diferenciar a habilidade dos alunos), o grau de dificuldade e o acerto casual. Para simplificar, vamos supor que você tenha acertado 15 questões consideradas como fáceis e 5 como médias, e que seu colega tenha obtido sucesso em 15 questões fáceis, 2 médias e 3 difíceis. Como as questões possuem graus diferentes, dois estudantes que acertarem o mesmo número de questões, provavelmente, não terão a mesma nota final no Enem. A TRI pretende avaliar as habilidades dos alunos, até que ponto eles podem chegar.

 Portanto, deveremos esperar até janeiro, quando o MEC divulgará os resultados para obter os resultados finais, já que não podem ser obtidos só pelo gabarito, pela simples soma das questões acertadas. Como mencionado anteriormente, não há dados claros para compreender como será o sistema utilizado pelo MEC.
 Por Javier Caballero

Vidas secas

Vidas secas








Análise elaborada por Profª Edna Silva Polese Prof. Allan Valenza da Silveira 

A obra Publicado em 1938, Vidas secas, de Graciliano Ramos, narra a história de uma família sertaneja fugindo da seca — tema comum na época, em que o chamado Romance de 30 estava em voga e a temática sobre o espaço nordestino era constante nas obras. São bastante conhecidos romances como O quinze, de Rachel de Queiroz, e praticamente toda a obra de José Lins do Rego, destacando-se Menino de engenho. Essas narrativas foram construídas a partir da perspectiva realista, apresentando o contraste entre o homem e o meio e as mudanças inexoráveis a que ambos estão sujeitos. Obras como Luzia Homem, de Domingos Olímpio, e A normalista, de Adolfo Caminha, apresentam temas semelhantes, porém, construídos a partir da perspectiva naturalista. O enredo de Vidas secas é bastante simples: a família sertaneja composta por Fabiano, sinha Vitória, o menino mais velho, o menino mais novo e Baleia, a cachorra, segue viagem em pleno Sertão fugindo da seca. Chegam a uma casa abandonada, resolvem ficar no local e passam a trabalhar para o dono das terras. Segue-se um breve tempo de prosperidade e seu cotidiano normal: o convívio com a natureza, a vida em família, o contato com o pequeno arraial, a submissão aos poderosos — representados pelo dono da fazenda e pela força policial — e a presença da incerteza do futuro. Ao final da narrativa, novamente sujeita aos efeitos da seca, a família põe-se à procura de uma nova condição de vida. Graciliano Ramos Enciclopédia Delta O enfoque narrativo apresentado pelo autor descortina a mentalidade de seres broncos, que mais se assemelham a bichos do que à gente. A comunicação entre os personagens é quase impossível, assim como a expressão de seus sentimentos e reflexões. É nesse sentido que Graciliano Ramos contribui, apresentando uma sondagem individual dos personagens, que tentam se ajustar e compreender o mundo que os cerca. Antonio Candido, conhecido crítico brasileiro, observa que a forma como a obra foi organizada intensifica o objetivo do escritor. Ele classifica Vidas secas como um romance desmontável, ou seja, partes do texto podem ser lidas sem prejuízos às demais, não importando, em certa medida, o fio da narrativa que os une. A técnica literária utilizada por Graciliano para o romance está ligada à situação da publicação: os capítulos foram escritos e publicados em forma de contos em jornais de época, de modo que, ao reuni-los em um único volume, o autor não procurou articulá-los de maneira mais “macia”, como observa Antonio Candido. A isso uniu-se a idéia de rusticidade que acompanha personagens e narrativa. Também o crítico Massaud Moisés contribuiu para a análise da obra de Graciliano Ramos observando que Vidas secas, por ser formada de pequenos quadros, filia-se ao estilo da novela e, ao apresentar uma estrutura que se aproxima da vida cotidiana, portanto, pode ser avaliada por mais de um ângulo, por conta da situação de aparente independência dos capítulos. O romance foi transformado em filme no ano de 1963, sob direção de Nelson Pereira dos Santos. Único filme brasileiro indicado ao prêmio British Film Institute, Vidas secas também foi premiado em Cannes, em 1964.

Literatura > Análise de Obras

Literatura > Análise de Obras > Dom Casmurro
 - Dom Casmurro. Machado de Assis
. Editora Ática.






 l A ambiguidade da narrativa Capitu traiu ou não traiu Livroclip Análise elaborada por Profª Edna Silva Polese Prof. Allan Valenza da Silveira Um tema imortal No romance Dom Casmurro, a temática ciúme funciona como mola propulsora para estabelecer a desconfiança do personagem Bentinho em relação a Capitu. A construção cresce aos olhos do leitor ao acompanhar a trajetória de Bentinho que rememora sua vida e reavalia os fatos para tentar entender o processo que levou seu casamento com Capitu ao fim. Desse modo, o leitor depara-se com os vários atos de Bentinho que são processados como construção para que o personagem pudesse ter certeza de que sua esposa o enganara. No entanto, a maestria da narrativa machadiana não confirma a infidelidade de Capitu. Otelo e Desdemona em Veneza" por Théodore Chassériau (1819 - 1856) É possível estabelecer o diálogo literário entre o romance de Machado de Assis e outras obras literárias que tratam do tema ciúme. 


A ambigüidade da narrativa
A narrativa de Dom Casmurro se desenvolve em restrospecto, pois Bentinho, o segundo personagem principal, avisa ao leitor que deseja atar as duas pontas de sua vida. Portanto, já está velho e casmurro quando inicia essa empreitada. O título da obra liga-se de uma brincadeira feita pelos amigos de Bentinho que consideram conveniente o apelido de “Dom Casmurro” devido a seu permanente estado de reclusão, vivido desde o fim de seu casamento.
A história se passa entre a metade e o final do século XIX no Rio de Janeiro. A primeira parte do enredo narra a infância, adolescência e a fase adulta dos protagonistas – Bentinho e Capitu. Portanto, apresenta ao leitor a aproximação, o namoro inocente e o casamento dos personagens. A narração desses acontecimentos recebe o toque folhetinesco próprio dos romances da época: o casal passa por várias atribulações do destino para alcançarem, enfim, a felicidade.
As adversidades entre o casal se iniciam com a morte de Escobar, amigo dileto do narrador, pois o olhar que Capitu dirigiu ao cadáver foi o estopim que despertou a desconfiança em Bentinho. Desse modo, ao construir a narrativa, rememorando fatos de sua vida, o personagem questiona todos os atos de Capitu, desde os mais pueris, para provar que ela era adúltera: o maior indício que Bentinho apresenta é a profunda semelhança física de Ezequiel, seu filho, com o falecido amigo, Escobar. A narração dos fatos é conduzida como um processo de acusação – sempre é bom lembrar que Bentinho era bacharel em Direito.
A conseqüência dessa técnica narrativa é a ambigüidade. Por mais que o leitor concorde com Bentinho e por mais que ele apresente provas irrefutáveis contra Capitu, a incerteza e a dúvida pairam no ar. Se a narração fosse em terceira pessoa, provavelmente acabaríamos por teria narrador onisciente (a par de todos os pensamentos dos personagens). Em Dom Casmurro o leitor não acompanha os pensamentos de todos os personagens, mas tende a aceitar o que Bentinho conta sobre eles e, em especial, Capitu, que é apresentada mediante determinado plano, juízo específico e interpretação do narrador.
Machado de Assis
Fabrício Marcelino Soares/Positivo Informática
Tal estratégia marca a complexidade e domínio de técnica narrativa de Machado de Assis, que ao apresentar um tema recorrente do Romantismo, articula-os aos moldes realistas. O cuidado, no âmbito do delineamento psicológico, com que arquiteta cada averiguação de Bentinho sobre os atos de Capitu não deixa brecha para uma construção sentimentalóide. A ironia e o sarcasmo – bastante evidentes em obras como Memórias póstumas de Brás Cubas – também estão presentes na narrativa de Dom Casmurro, porém esses traços são mais sutis em virtude de seu personagem apresentar-se com um ser profundamente atormentado.

                                   







Capitu traiu ou não traiu
A obra Dom Casmurro imortalizou determinados símbolos utilizados de maneira metafórica pelo seu criador para a construção dos personagens. Novamente o foco é Capitu. O mar, representativo da figuração de traiçoeiro, é evocado para representar a imagem complexa do personagem. Os “olhos de ressaca” remontam a esse estado do mar que, quando em ressaca, um fenômeno natural, puxa tudo o que alcança, causando destruição. Também sobre os olhos de Capitu é usada a imagem de “cigana oblíqua e dissimulada”, unindo a ela adjetivos que correspondem a pessoas de temperamento fugidio e falso. Ambas as construções, no interior do romance, são formuladas pelo personagem José Dias, agregado da casa dos Santiago.
Todas as construções acerca de Capitu ajudam a marcar sua figura viva, humana e complexa. Como representante histórica de seu tempo, ela é arquétipo das meninas pobres que procuram ascender de classe social a partir de um bom casamento, façanha quase sempre arquitetada com esmero e profundo interesse.
Muitos anos se passaram da criação da obra e a dúvida sobre a infidelidade de Capitu permanece. A ambigüidade da narrativa machadiana ainda colabora com a movimentação que envolve seu personagem mais complexo. Críticos e escritores contemporâneos, numa espécie de tribunal literário, apresentaram a provocativa pergunta: Capitu traiu ou não traiu? Dalton Trevisan, em análise rápida e irônica, registrou: “Se Capitu não traiu Bentinho, então Machado de Assis é José de Alencar”. Fez referência, ainda, ao personagem machadiano na obra Capitu sou eu, uma alusão clara à famosa frase que Gustav Flaubert usou para se defender de moralistas de época sobre sua famosa Madame Bovary, conhecido personagem adúltero.
Outros foram adiante. É o caso do escritor Domício Proença Filho, que elaborou um romance a partir do ponto de vista de Capitu sobre os fatos.Capitu, memórias póstumas utiliza-se do próprio texto machadiano para, a partir das mesmas afirmações de Bentinho, inverter o conceito do leitor sobre a situação de adultério a que foi submetida. Também emAmor de Capitu: o romance de Machado de Assis sem o narrador Dom Casmurro, de Fernando Sabino, há uma outra visão sobre o caso de suspeita da traição de Capitu. Como é possível perceber, tal questão continua ocasionando discussões, prova concreta de que personagens, quando bem elaborados, aproximam-se da figura humana em toda sua extensão, no que se refere à idéia de que jamais se conhece uma pessoa completamente. Ao leitor, cabe encontrar sua própria conclusão.


terça-feira, 13 de março de 2012

Taboada para crianças subtração


Taboada multiplicação para crianças pela lógica


Proposta de Atividade Ensino Médio

Proposta de atividade para o Ensino Médio 


Ao professor de Ensino Médio, recomendamos a leitura dos itens "Atividade: para iniciantes" e "Atividade: para quem já conhece", pois os princípios de trabalho expostos nesses textos são válidos aqui também.

No Ensino Médio, a discussão sobre a interdisciplinaridade não pode prescindir de uma reflexão anterior que trate das relações, e das condições de trabalho dos educadores desse segmento da educação básica.


É no currículo do Ensino Médio que a distribuição dos conteúdos escolares mais se aproxima das disciplinas acadêmicas tradicionais: Língua Portuguesa, Literatura, História, Geografia, Biologia, Física, Química, Filosofia, Educação Física, Língua Estrangeira. Essa distribuição de conteúdos reforça ainda mais a tendência de compartimentalizar o conhecimento, já presente no Ensino Fundamental. O desenvolvimento isolado do ensino das diversas disciplinas escolares torna-se um problema ainda maior no Ensino Médio quando vemos as condições de trabalho que a maioria dos professores enfrenta. Falta de tempo para preparação adequada das aulas, principalmente, falta de uma estrutura de organização dos horários escolares que permita aos professores um trabalho em equipe, única forma de desenvolver planejamentos conjuntos que levem a uma prática pedagógica interdisciplinar.

Portanto, é preciso ter sempre em mente que, para perseguirmos o ideal de termos uma escola que responda ao desafio de promover "o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho", como prega o Artigo 2º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, devemos considerar os diversos aspectos que envolvem a realidade da instituição escolar, desde sua organização administrativa, até a forma de organizar as propostas pedagógicas que fazemos a nossos alunos e alunas. 

A preocupação em desenvolver uma prática pedagógica interdisciplinar, na qual os alunos sejam levados a refletir sobre o conhecimento que constroem em atividades de aprendizagem significativas, não pode estar isolada da idéia de que a unidade escolar deve se constituir em uma comunidade de construção de saberes, na qual educadores, alunos e seus familiares compartilhem objetivos e respeitem-se mutuamente.

Dizendo de outro modo, é difícil acreditar que a interdisciplinaridade é um remédio para os males da educação escolar e, muito menos, que deva ser administrada pela força de decretos e determinações hierárquicas.
Por outro lado, nós professores de Ensino Médio, não podemos ficar de braços cruzados diante de uma realidade educacional que nos desagrada, pois precisamos, e temos como obrigação profissional, descobrir, entre outras coisas, novas formas de trabalhar os conteúdos escolares em sala de aula.
Na história recente de nosso país, após o final da ditadura militar iniciada em 1964, vários municípios e até estados brasileiros tiveram governos progressistas, que nomearam professores como secretários de educação. Mas, infelizmente, esses ex-professores, que reivindicavam uma escola melhor, muitas vezes interdisciplinar, antes de assumirem seus cargos políticos, não conseguiram formular propostas que concretizassem seus ideais educativos.

Por todos esses motivos, a transformação de nossa escola  em direção aos ideais de formação de cidadãos conscientes, que compreendam o mundo em que vivem e que possam desenvolver um caminho pessoal de inserção social e profissional, passa, necessariamente, pela ousadia de educadores que, mesmo nas condições mais adversas, formulem propostas de trabalho que colaborem com essa transformação.

O desenvolvimento de propostas pedagógicas pluri ou interdisciplinares (sobre esses termos, veja o texto "Para entender") no Ensino Médio pode ter origem em colaborações e parcerias entre professores de disciplinas afins. O professor de Física pode planejar, em conjunto com o professor de Geografia, estudos sobre meteorologia, clima, fenômenos atmosféricos e correntes marinhas.

Alguns professores podem achar que isso é pouco. Porém, veja o que pode ocorrer quando não existe esse tipo de diálogo entre os professores. Alunos do 6º ano do Ensino Fundamental terminam o ano letivo sem saber se as camadas da Terra são crosta, manto e núcleo, como diz o professor de Ciências, ou atmosfera, hidrosfera e litosfera, como ensina o professor de Geografia.

Essa contradição entre linguagens e conceitos é muito comum em nossas escolas. Professores de Biologia usam terminologia contraditória com a utilizada pelos professores de Química, quando estão tratando da bioquímica no metabolismo humano. Professores de História, em geral, têm uma visão distorcida sobre o conceito de evolução em Biologia, tomando mesmo, em alguns casos, uma posição "antievolucionista".

Outro aspecto do trabalho pedagógico interdisciplinar está relacionado à postura dos professores perante os conhecimentos relativos a cada disciplina. Só para citar um exemplo para reflexão de todos os professores de Ensino Médio: é comum professores de áreas como História, Língua Estrangeira ou Filosofia assustarem-se com a lousa cheia de fórmulas e contas relativas a uma aula de Física ou Matemática que os alunos acabaram de ter. Freqüentemente, referem-se a esses conhecimentos de forma desdenhosa, dizendo frases como "Nossa, não sei nada de Física", ou "Não sei como alguém pode compreender isso".



Professores que tomam essa postura diante de seus alunos, certamente, não têm consciência do péssimo exemplo que estão deixando para eles. Esses jovens, na verdade têm que responder pela aprendizagem de todos os conteúdos escolares, sejam eles de Língua Portuguesa, Inglês, Física, Química, ou História. Essa postura profissional pode indicar aos alunos que, na realidade, não saber nada desta ou daquela disciplina talvez não seja algo tão ruim assim, já que até seus professores têm essas características.

O desenvolvimento de propostas interdisciplinares no Ensino Médio, assim como no Fundamental, pode se dar segundo as orientações dos Temas Transversais presentes nos Parâmetros Curriculares Nacionais do 6º ao 9º ano, e que foram comentados no item "Atividade: para quem já conhece".

A proposta dos PCN para o Ensino Médio também procurou indicar um caminho para o trabalho interdisciplinar, organizando os conteúdos escolares em três grandes blocos que são:
·           "Linguagens, Códigos e suas Tecnologias";
·           "Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias";
·           "Ciências Humanas e suas Tecnologias".
"Propôs-se, numa primeira abordagem, a reorganização curricular em áreas de conhecimento, com o objetivo de facilitar o desenvolvimento dos conteúdos, numa perspectiva de interdisciplinaridade e contextualização"
                                                                                       
                                                                             Texto original: Vinicius Signoreli



 A Importância da Interdisciplinaridade e Contextualização 

Para deixarmos de lado a educação baseada na formação de modelos, memorizações, e fragmentação do conhecimento, foi elaborada a reorganização curricular com o objetivo de desenvolver os conteúdos, utilizando a interdisciplinaridade e a contextualização.
Conforme a LDB nº 9394 / 96, a organização do currículo superou as disciplinas estanques. Pretende integração e articulação dos conhecimentos num processo permanente de interdisciplinaridade e contextualização.
A interdisciplinaridade ao saber útil. Utiliza conhecimentos de várias disciplinas para a compreensão de uma situação problema. É uma integração de saberes. Num texto de ciências, por exemplo, além do conhecimento específico da matéria, o aluno pode aprender gramática, elaborar problemas relativos ao texto e muito mais.
A contextualização do conteúdo traz importância ao cotidiano do aluno, mostra que aquilo que se aprende, em sala de aula, tem aplicação prática em nossas vidas. A contextualização permite ao aluno sentir que o saber não é apenas um acúmulo de conhecimentos técnico-científicos, mas sim uma ferramenta que os prepara para enfrentar o mundo, permitindo-lhe resolver situações até então desconhecidas.
A fragmentação, a distância entre os conteúdos gera desinteresse por a aprendizagem não ser significativa.. Esta ocorre quando há relação entre o aluno e o que ele está aprendendo, considerando-o como o centro da aprendizagem, sendo ativo.
O contexto dá significado ao conteúdo e deve basear-se na vida social, nos fatos do cotidiano e na convivência do aluno. Isto porque o aluno vive num mundo regido pela natureza, pelas relações sociais estando exposto à informação e a vários tipos de comunicação Portando, o cotidiano, o ambiente físico e social devem fazer a ponte entre o que se vive e o que se aprende na escola.
Aproveitando-se do conhecimento prévio do aluno, o professor deverá planejar "induções", fazendo com que o conceito a ser aprendido parta do próprio aluno. 
Vejamos, por exemplo, o caso de um professor de história. Deverá selecionar do conteúdo os fatos, conceitos, época, usos e costumes que o conteúdo exige. Deverá elaborar perguntas, que partam do cotidiano, induzindo os alunos a fazerem comparações até chegar onde pretende. Através das respostas dos alunos, será elaborado um texto. Através de outras induções planejadas pelo professor esse texto dará origem a outros textos, como por exemplo, de geografia. Por exemplo: -Onde ocorreram tais fatos? Diferenciar os conceitos, usos , costumes entre as regiões do planeta.
Nesse mesmo texto a gramática deverá ser inserida e a obtenção de dados para elaborar problemas. Em educação artística o campo será amplo a ser explorado.
O mundo globalizado exigiu mudanças na educação, consequentemente exige que o professor seja atualizado, criativo, orientador e facilitador da aprendizagem. 
                                                                                                              Maria Edmir Maranhão

Referência bibliográfica: 
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília; MEC/SEF, 1997.
______. Lei Nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, 1997.
GIROUX, Henry A. Os professores como intelectuais: rumo a uma pedagogia crítica da aprendizagem. Tradução de Daniel Bueno. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia. 29. Ed., Campinas, S.P: Autores Associados, 2002
TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002

























Atividades para o Ensino Fundamental II 6º ao 9º ano


Proposta de atividade para Ensino Fundamental – 6º ao 9º ano


Ao professor do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, recomendamos também a leitura do item "Atividade: para iniciantes", pois os princípios de trabalho lá expostos são válidos aqui também.

Podemos considerar diversas formas de tratar a interdisciplinaridade no contexto da sala de aula, desde o trabalho com duas disciplinas que se inter-relacionam em função de um tema de estudo, até a organização de todo currículo a partir de projetos interdisciplinares, desafio que ainda não foi vencido pelos educadores.

Um professor de Língua Portuguesa e um de História podem desenvolver um trabalho interdisciplinar envolvendo a Grécia Antiga e o surgimento da narrativa épica. Nessa proposta, os alunos estudam as características da sociedade que deu origem à idéia de democracia e deixou como herança cultural à humanidade as narrativas épicas, com suas características textuais que perduram até hoje nos textos modernos. Utilizando conhecimentos históricos sobre a Grécia Antiga, os alunos podem, então, ser desafiados a criar personagens e escrever histórias cujo enredo se desenvolve nesse local e as situações vividas pelos protagonistas dizem respeito àquele contexto. 



Os professores de Português e de Ciências podem desenvolver, com turmas do 6º ao 9º ano, um projeto de redação de um "dicionário de conceitos de Astronomia". Enquanto, em Língua Portuguesa, os alunos estudam as características do texto enciclopédico e a forma como os verbetes de uma enciclopédia são redigidos; em Ciências, os estudos sobre sistema solar, movimentos terrestres de translação e rotação, origem e formação do universo e do sistema solar dão origem aos conceitos que serão escolhidos para ser verbetes do dicionário.
O ensino desenvolvido a partir de problematizações, nas quais os alunos são levados a refletir sobre questões provocadoras, que os instigam a pensar, é uma boa maneira de desencadear o trabalho interdisciplinar em sala de aula.
O trabalho com os temas transversais, particularmente, pode contribuir com o desenvolvimento de uma abordagem interdisciplinar do ensino, porém, não deve ser confundida com este.

Um professor de Matemática do 6º ao 9º ano, por exemplo, pode 



ensinar seus alunos a transformar tabelas em gráficos utilizando como ponto de partida tabelas preenchidas apenas com números puros, sem referência a nenhum objeto ou unidade de medida. Porém, essa mesma aula para ensinar a fazer gráfico, pode ser proposta a partir de uma discussão sobre a questão racial no Brasil, desenvolvida a partir de uma pesquisa de opinião, publicada em revista, e que mostra os dados por meio de tabelas.

Neste caso, o professor de Matemática, não só apresenta as tabelas/gráficos, mas contextualiza esses conteúdos, discutindo temas como Ética e Pluralidade Cultural (temas transversais PCNs/MEC) e instiga seus alunos a pensarem como um gráfico pode nos auxiliar na compreensão de questões sociais como, por exemplo, o racismo.

Na apresentação dos temas transversais, encontramos pontos esclarecedores sobre o assunto:


·           "A interdisciplinaridade questiona a segmentação entre os diferentes campos de conhecimento produzido por uma abordagem que não leva em conta a inter-relação e a influência entre eles - questiona a visão compartimentada (disciplinar) da realidade sobre a qual a escola, tal como é conhecida, historicamente se constituiu".
·           "A transversalidade diz respeito à possibilidade de se estabelecer, na prática educativa, uma relação entre aprender conhecimentos teoricamente sistematizados (aprender sobre a realidade) e as questões da vida real e de sua transformação (aprender na realidade e da realidade). E a uma forma de sistematizar esse trabalho e incluí-lo explícita e estruturalmente na organização curricular, garantindo sua continuidade e aprofundamento ao longo da escolaridade".
·           “Na prática pedagógica, interdisciplinaridade e transversalidade alimentam-se mutuamente, pois o tratamento das questões trazidas pelos Temas Transversais expõe as inter-relações entre os objetos de conhecimento, de forma que não é possível fazer um trabalho pautado na transversalidade tomando-se uma perspectiva disciplinar rígida”. 
·           A transversalidade promove uma compreensão abrangente dos diferentes objetos de conhecimento, bem como a percepção da implicação do sujeito de conhecimento na sua produção, superando a dicotomia entre ambos. Por essa mesma via, a transversalidade abre espaço para a inclusão de saberes extra-escolares, possibilitando a referência a sistemas de significado construídos na realidade dos alunos".
Com o título "A água que utilizamos em casa e na escola" professores de 6º ao 9º ano podem desenvolver um trabalho interdisciplinar envolvendo Ciências (Biologia, Meteorologia e Física) e Geografia.
·           De onde vem a água que utilizamos em nossa escola?
·           Essa água é tratada ou vem da fonte direto para a torneira?
·           Existem reservatórios de água no caminho entre a fonte e a escola?
·           Qual o estado de conservação do ambiente no local em que a água que utilizamos é obtida?
·           Existem evidências de contaminação de mananciais no local onde essa água é obtida?
A partir de questões como essas os alunos podem começar a desenvolver estudos que envolvam o ciclo da água, a relação entre ele e a disponibilidade de água para o abastecimento da cidade; o relevo da região e a presença de rios, lagos e nascentes que sejam mananciais a serem utilizados pela população; a necessidade de conservação ambiental em regiões onde estão presentes os mananciais. Nos casos de cidades grandes, há várias outras questões que podem ser acrescentadas. Por exemplo, quanto de energia elétrica a cidade gasta para tratar e bombear toda a água necessária à população? No caso do município de São Paulo, a quantidade de energia elétrica gasta com o tratamento e a distribuição de água é maior do que a quantidade de eletricidade gasta para iluminar a cidade. 
Um trabalho como esse pode ser ainda enriquecido com questões relacionadas ao tema transversal meio ambiente. Os alunos podem começar a refletir sobre o fato de que questões ambientais são complexas e não podem ser resolvidas com uma decisão simples, mas necessitam escolhas e concessões nem sempre fáceis de fazer. Outro aspecto que também deve ser tratado em um trabalho como esse é a postura dos indivíduos e sua relação com os problemas sociais. Neste exemplo, a consciência que cada um deve ter de que a água potável é cara e deve ser economizada da melhor forma possível. Neste caso, evitar o desperdício é, antes de tudo, demonstrar que se tem consciência social sobre o problema.

A presença de outras disciplinas no trabalho pode ser adotada pelos professores da escola em que ele está se desenvolvendo. Em Língua Portuguesa, pode-se ensinar aos alunos a redigir textos argumentativos; em História, pode-se fazer uma pesquisa sobre a história da construção do sistema de abastecimento de água na cidade e as lutas sociais que foram necessárias para que a população fizesse essas conquistas.
De qualquer forma, é importante lembrar, que o planejamento de um trabalho como esse deve ser feito coletivamente, envolvendo os professores que irão desenvolver as atividades em sala de aula. Um projeto de trabalho elaborado pela coordenação pedagógica da escola e imposto aos professores como meta a ser atingida, geralmente, resulta em uma atividade pedagógica burocrática, feita só para “cumprir as obrigações", e perdendo a principal característica que um trabalho interdisciplinar deve ter: dar aos alunos sentido ao esforço de aprender.
                                                                              Texto original: Vinicius Signoreli





segunda-feira, 12 de março de 2012

Depoimento de mãe de filho com Paralisia Celebral


texto Conhecendo a Paralisia Celebral


Conhecendo a Paralisia Cerebral 


Paralisia cerebral ou encefalopatia crônica não progressiva é uma lesão de uma ou mais partes do cérebro, provocada muitas vezes pela falta de oxigenação das células cerebrais.

Acontece, normalmente, durante a gestação (período pré, peri ou pós-parto). Afeta uma ou mais partes do cérebro, comprometendo , mental, motor, auditivo, visual, de linguagem e/ou comportamento.

Paralisias cerebrais não são doença, mas uma condição médica especial que é quase sempre o resultado da falta de oxigenação ao cérebro. As crianças afetadas por Paralisias Cerebrais têm uma perturbação do controle de suas posturas e dos movimentos do corpo, como conseqüência de uma lesão cerebral.

É importante saber que o portador possui inteligência normal (a não ser que a lesão tenha afetado áreas do cérebro responsáveis pelo pensamento e pela memória).

Causas

A etiologia da Paralisia Cerebral é variada, incluindo tudo que possa afetar o cérebro imaturo. Em torno de 90% das lesões ocorrem durante a gestação ou ao nascimento. As causas mais comuns são:

  • Infecção maternais - aids, rubéola, herpes, etc
  • Toxinas químicas - álcool, drogas, tabaco e drogas não prescritas por médicos
  • Lesões na mãe grávida

Em torno de 10% de casos de Paralisia Cerebral ocorrem após o nascimento e são fruto de:

  - Traumatismo direto ao cérebro por acidentes ou violência infantil
  - Infecções do cérebro (encefalite, meningite)
  - Toxinas químicas (envenenamento do ar)
  - Falta de oxigênio (também conhecida como causa da “morte súbita de berço”.)



    Diagnostico

    Normalmente a paralisia cerebral não pode ser diagnosticada nas primeiras etapas da infância. Em geral não se pode precisar o tipo de paralisia cerebral antes de a criança completar os 18 meses. O diagnóstico somente é possível quando problemas musculares se tornam evidentes.

    Sinais

    Os sintomas da paralisia cerebral podem oscilar entre a falta de jeito quase imperceptível e a espasticidade grave, que torce os braços e as pernas e confina a criança a uma cadeira de rodas. Existem quatro tipos principais de paralisia cerebral:

     - Espástica - Quando os músculos se tornam rígidos e fracos - aproximadamente 70 % dos casos
     - Coreoatetóide – Quando os músculos espontaneamente se movem devagar e sem controle - 20 % dos casos
     - Atáxica – Caracterizado pela pouca coordenação e movimentos inseguros - 10 % dos casos
     - Mista – Quando dois tipos, em geral espástico e coreoatetóide se combinam - ocorre em muitas crianças.



      Na paralisia cerebral coreoatetóide, os movimentos dos braços, das pernas e do corpo são lentos, retorcem-se e são incontroláveis, mas também podem ser bruscos e esticões; as emoções fortes pioram os movimentos e o sono fá-los desaparecer.

      Na paralisia cerebral atáxica, a coordenação muscular é pobre, e existem fraqueza e tremores musculares. As crianças que sofrem desta perturbação têm dificuldade em fazer movimentos rápidos e caminham com pouco equilíbrio, com as pernas amplamente separadas.

      Em todas as formas de paralisia cerebral, a fala pode ser difícil de entender porque a criança tem dificuldade em controlar os músculos que intervêm na pronúncia das palavras. A maioria das crianças com paralisia cerebral tem outros problemas, como inteligência inferior à normal ou atraso mental grave. Contudo, aproximadamente 40 % destas crianças têm uma inteligência normal ou quase normal. Em 25 % dos casos de paralisia cerebral, em geral a de tipo espástico, produzem-se ataques epilépticos.


      Tratamento

      A paralisia cerebral não tem cura. O objetivo do tratamento se concentra na independência da criança.

      A fisioterapia, a terapia profissional, os colares e a cirurgia ortopédica podem melhorar o controlo muscular e a marcha.

      A terapia da fala pode melhorar a capacidade de expressão oral, contribuindo também para solucionar os problemas para comer. Os quadros epilépticos podem ser controlados por meio de anticonvulsivantes.

      Muitas crianças com paralisia cerebral crescem normalmente e vão a escolas normais se não apresentarem deficiências intelectuais e físicas graves. Outras exigem fisioterapia extensiva, precisam de educação especial e estão muito limitadas nas actividades diárias, exigindo algum tipo de cuidado e assistência por toda a vida. Inclusive as crianças gravemente afectadas podem melhorar com a educação e o treino.

      A toxina botulínica é um importante aliado.