quarta-feira, 7 de março de 2012

Déficit de Atenção não é bicho de sete cabeças - Revista Guia Ensino Fundamental


Déficit de Atenção não é bicho de sete cabeças - Revista Guia Ensino Fundamental



Conheça alguns sinais do problema e saiba como proceder sem deixar que ele atrapalhe o desenvolvimento da turma. Agitação durante a aula, falta de atenção, problemas com o colega, desorganização com o material escolar, tarefas inacabadas. Esses são alguns sinais de que o aluno pode sofrer de TDAH, o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, um transtorno neurobiológico de causa genética que pode atrapalhar o desempenho escolar dos alunos.

Identificar o TDAH não é tão simples como parece: algumas crianças manifestam apenas as características de distração, esquecimento e lentidão, sem demonstrar hiperatividade", afirma Cacilda Amorim, psicóloga, psicoterapeuta comportamental e diretora do IPDA, Instituto Paulista de Déficit de Atenção. Ela alerta que essas crianças nem sempre chamam a atenção em sala de aula e às vezes passam despercebidas. "Todas as crianças têm pelo menos algumas dessas características, especialmente as menores. É preciso tomar cuidado para não colocar rótulos quando não se trata de um transtorno", diz.

Conheça alguns sinais do TDAH:

Distração, lentidão, impulsividade, desorganização, esquecimento, hiperatividade, explosões emocionais. Mas atenção: não faça nenhum diagnóstico e nem rotule a criança.

O que ele pode causar?

Uma criança com TDAH tem as mesmas habilidades e competências dos outros alunos. O que o professor deve saber antes de tudo é que não se trata de uma incapacidade de aprendizagem da criança, mas sim de um transtorno de atenção, o que faz com que ela não tenha um comportamento coerente com os outros alunos e tenha dificuldades de acompanhar o conteúdo ministrado em sala.
Na escola, esse déficit de atenção, quando age em conjunto com a hiperatividade em algumas crianças, pode influenciar diretamente a dinâmica das aulas, prejudicando o desempenho de outros alunos. Nesses casos a criança acaba se tornando um ponto permanente de dispersão para a classe, além de aumentar a possibilidade de estabelecer um vínculo negativo com o professor.

Como identificar?

O TDAH pode ser verificado por meio da observação atenta do comportamento e da dinâmica que as aulas adquirem na interação com os alunos.
Crianças muito agitadas, que não concluem as tarefas, frequentemente deixam questões em branco e não estudam com antecedência podem estar sofrendo com o transtorno. Comportamentos muito discrepantes para alunos de uma mesma idade podem significar um déficit de atenção, mas podem também ter outras origens como a dislexia, problemas emocionais ou déficits na alfabetização. É recomendável ter bastante cautela antes de estabelecer mudanças em relação a distúrbios causados pelo transtorno.

O que fazer?

Uma vez que haja a suspeita de sintomas do TDAH e que se verifique uma interferência no desempenho escolar causado pelo transtorno, o professor deve em primeiro lugar recorrer ao psicólogo da escola ou coordenador pedagógico. Eles poderão ajudar a decidir a maneira mais adequada de lidar com a turma.
Em conjunto com a coordenação da instituição, o professor pode seguir algumas orientações básicas que servirão para reduzir a influência do TDAH no desempenho do aluno em sala de aula:
Localização da carteira na sala: longe da porta e das janelas e mais próximo do professor. Não precisa ser obrigatoriamente na primeira fila.
Monitore a realização dos trabalhos, atividades e especialmente agenda: dar tempo extra, copiar a lição na agenda se for o caso e chamar a atenção em caso de distração são algumas medidas.
Reduza a quantidade de tarefas, se necessário, para que ela consiga realizar: construa uma história de sucesso.
Em provas, confira ao recebê-las: cheque se há questões em branco, mostre o que ela poderia refazer ou tentar melhorar.
Valorize os pontos positivos e combine consequências em caso de não cumprimento.
Nunca critique a criança, somente o comportamento indesejado.
Valorize o esforço, não os resultados.
Por: Luciano Vanderley para Revista Guia Prático do Ensino Fundamental

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