segunda-feira, 12 de março de 2012

texto Conhecendo a Paralisia Celebral


Conhecendo a Paralisia Cerebral 


Paralisia cerebral ou encefalopatia crônica não progressiva é uma lesão de uma ou mais partes do cérebro, provocada muitas vezes pela falta de oxigenação das células cerebrais.

Acontece, normalmente, durante a gestação (período pré, peri ou pós-parto). Afeta uma ou mais partes do cérebro, comprometendo , mental, motor, auditivo, visual, de linguagem e/ou comportamento.

Paralisias cerebrais não são doença, mas uma condição médica especial que é quase sempre o resultado da falta de oxigenação ao cérebro. As crianças afetadas por Paralisias Cerebrais têm uma perturbação do controle de suas posturas e dos movimentos do corpo, como conseqüência de uma lesão cerebral.

É importante saber que o portador possui inteligência normal (a não ser que a lesão tenha afetado áreas do cérebro responsáveis pelo pensamento e pela memória).

Causas

A etiologia da Paralisia Cerebral é variada, incluindo tudo que possa afetar o cérebro imaturo. Em torno de 90% das lesões ocorrem durante a gestação ou ao nascimento. As causas mais comuns são:

  • Infecção maternais - aids, rubéola, herpes, etc
  • Toxinas químicas - álcool, drogas, tabaco e drogas não prescritas por médicos
  • Lesões na mãe grávida

Em torno de 10% de casos de Paralisia Cerebral ocorrem após o nascimento e são fruto de:

  - Traumatismo direto ao cérebro por acidentes ou violência infantil
  - Infecções do cérebro (encefalite, meningite)
  - Toxinas químicas (envenenamento do ar)
  - Falta de oxigênio (também conhecida como causa da “morte súbita de berço”.)



    Diagnostico

    Normalmente a paralisia cerebral não pode ser diagnosticada nas primeiras etapas da infância. Em geral não se pode precisar o tipo de paralisia cerebral antes de a criança completar os 18 meses. O diagnóstico somente é possível quando problemas musculares se tornam evidentes.

    Sinais

    Os sintomas da paralisia cerebral podem oscilar entre a falta de jeito quase imperceptível e a espasticidade grave, que torce os braços e as pernas e confina a criança a uma cadeira de rodas. Existem quatro tipos principais de paralisia cerebral:

     - Espástica - Quando os músculos se tornam rígidos e fracos - aproximadamente 70 % dos casos
     - Coreoatetóide – Quando os músculos espontaneamente se movem devagar e sem controle - 20 % dos casos
     - Atáxica – Caracterizado pela pouca coordenação e movimentos inseguros - 10 % dos casos
     - Mista – Quando dois tipos, em geral espástico e coreoatetóide se combinam - ocorre em muitas crianças.



      Na paralisia cerebral coreoatetóide, os movimentos dos braços, das pernas e do corpo são lentos, retorcem-se e são incontroláveis, mas também podem ser bruscos e esticões; as emoções fortes pioram os movimentos e o sono fá-los desaparecer.

      Na paralisia cerebral atáxica, a coordenação muscular é pobre, e existem fraqueza e tremores musculares. As crianças que sofrem desta perturbação têm dificuldade em fazer movimentos rápidos e caminham com pouco equilíbrio, com as pernas amplamente separadas.

      Em todas as formas de paralisia cerebral, a fala pode ser difícil de entender porque a criança tem dificuldade em controlar os músculos que intervêm na pronúncia das palavras. A maioria das crianças com paralisia cerebral tem outros problemas, como inteligência inferior à normal ou atraso mental grave. Contudo, aproximadamente 40 % destas crianças têm uma inteligência normal ou quase normal. Em 25 % dos casos de paralisia cerebral, em geral a de tipo espástico, produzem-se ataques epilépticos.


      Tratamento

      A paralisia cerebral não tem cura. O objetivo do tratamento se concentra na independência da criança.

      A fisioterapia, a terapia profissional, os colares e a cirurgia ortopédica podem melhorar o controlo muscular e a marcha.

      A terapia da fala pode melhorar a capacidade de expressão oral, contribuindo também para solucionar os problemas para comer. Os quadros epilépticos podem ser controlados por meio de anticonvulsivantes.

      Muitas crianças com paralisia cerebral crescem normalmente e vão a escolas normais se não apresentarem deficiências intelectuais e físicas graves. Outras exigem fisioterapia extensiva, precisam de educação especial e estão muito limitadas nas actividades diárias, exigindo algum tipo de cuidado e assistência por toda a vida. Inclusive as crianças gravemente afectadas podem melhorar com a educação e o treino.

      A toxina botulínica é um importante aliado.

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